As portas da ambulância abriram-se e a maca entrou. A pobre mulher estava num estado lastimável. As sirenes começaram a tocar e as rodas chiaram sobre o pavimento molhado e frio.
Era, sem dúvida, um dos piores Invernos dos últimos anos.
O impacto com o carro quase que lhe tinha separado por completo a alma do corpo e, na ambulância e, depois, no Hospital lutava-se para que isso não acontecesse.
Oxigénio, sangue, fármacos, tudo foi usado para impedir a dissolução total.
Em vão...
Lentamente, as últimas amarras quebraram-se e a alma partiu. O corpo nem pôde acordar para lhe dizer adeus. Ficou deitado, sozinho e frio.
Frio como aquele dia de Inverno em que, no leito da estrada, um carro o traiu e levou a sua amante...
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1 comentário:
gostei=)
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